Falso
brilhante
Um príncipe
bateu a minha porta, eu que já não esperava por mais ninguém percorri os
corredores lentamente aprisionada estava as correntes do passado Perdia a cada
dia a esperança de ver novamente aquela porta aberta. Quando a tocaram, voltara
novamente a esperança, as trancas eram pesadas.
Hesitei...
Perguntei-lhe
a que vinha foi me contando sua estória olhava pelas frestas tinha a voz mansa
firme me dava segurança Apesar de trancafiada me sentia insegura
Hesitei...
Seu cheiro
foi invadindo inundando o castelo, inebriada levantei a primeira tranca Hesitei...
Tentei
voltar afastei-me da porta seus dedos passaram pelo pequeno buraco
Hesitei...
Senti tua
pele, ruborizei, tinha a sensação de desfalecimento, meu corpo tomado em brasa.
Abri a
primeira tranca seu braço entrou todo toque-lhe ainda mais, sabia que já não poderia resistir as 7 trancas foram abrindo
,sendo puxados por uma forca desconhecida a porta escancarou
Fite-lhe o
rosto cansado, tomei-lhe os braços enquanto o acariciava ele tirava todas as
correntes do meu passado, que envolvia meu corpo.
Antes que o
levasse para os aposentos, contei-lhe sobre o peso da corrente, ele me falava
sobre o peso e cansaço de sua viagem.
Prepare-lhe
o primeiro aposento, o restante do castelo ele foi conhecendo e tomando conta,
apesar de não modificá-los,espalhou seus objetos e roupas pela casa.
Um dia me
contou do que fugia da falta de carinho, das incertezas do coração. Porem
enquanto fugia encontrou um viajante que como ele procurava algo semelhante.
Decidiram o pacto da troca das selas de seus cavalos.
Os dias
foram passando e já senhor do castelo, possuidor de suas riquezas, sabedor que
poderia desvendar o segredo do fim da escada que levava a torre secreta, voltou
decidido, chorando colocou-me uma nova corrente, menos trabalhosa e olhando
para trás foi em busca de sua sela, eu nada falei, mais do que havia dito.
Fiquei
parada com a porta aberta.
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